PRA SEMPRE LUCIANA!


Este é um novo quadro do nosso blog. Aqui vamos entrevistar ex-alunos que deixaram marcas em nossa história e carregam consigo o orgulho de ter estudado na Escola Municipal Luciana Santana Coutinho. Na estréia do quadro, nosso coordenador de atividades, Robledo dos Santos Gomes entrevista Paula de Souza, num bate-papo animado e emocionante! Vale a pena ler! CLIQUE E CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA!

Ela é Paula de Souza. Para nós, apenas Paulinha. Atriz da primeira geração do teatro da escola. No currículo concursos vencidos, viagens, apresentações em abertura de eventos.  

Tarde de quarta-feira. Paula auxilia a professora no ensaio com os alunos do terceiro ano para o projeto de música da escola. Logo após vamos à sala onde aconteciam ensaios do grupo de teatro. Maria Eduarda nos acompanha, pequenos passos à nossa frente. Durante a entrevista brinca entre paredes, cadeiras e carteiras.

ROBLEDO – O que é pra você voltar pra escola depois de um tempo e as crianças te chamarem de tia?
PAULA – (risos) Saber que eu to ficando velha. (gargalhada) – Muito estranho. Muito estranho mesmo. Sei lá, eu não gosto de falar essas coisas pra você não.
ROBLEDO – E qual é a sensação de entrar aqui de novo e ver as coisas diferentes?
PAULA – (pausa) Pra mim é como se... não parece que é assim, exatamente a mesma coisa, entendeu? (pausa) Sei lá, parece que fica faltando um monte de pedaços... de olhar pros cantos e  não ver as pessoas que estavam aqui (de súbito uma lembrança) Tia Kátia!!
ROBLEDO – Você saiu daqui em 2007!
PAULA – Isso!
ROBLEDO – O que tem de lembranças mais fortes?
PAULA – Eu, Tainá, Juju (Juliene Andrade)... botando fogo na escola! (risos) Arrumando confusão com todo mundo. Acho melhor não colocar isso.
ROBLEDO – E essa sala aqui? Te lembra alguma coisa?
PAULA – O teatro.
ROBLEDO – E o que o teatro foi pra você?
PAULA – Muita coisa... não sei dizer assim. É algo que toda vez que alguém fala que está fazendo alguma coisa relacionada a isso, a gente fala: Olha, a gente foi de lá, a gente ganhou o concurso lá! (risos) Dois!(pausa -). Não dá pra explicar o que foi!
ROBLEDO -  Até porque você fez parte da primeira geração do teatro.
PAULA – Não precisa ficar me lembrando o tempo todo! (risos)
ROBLEDO – Tá se sentindo velha?
PAULA – Meio estranho. Porque eu olho as crianças que estão no teatro hoje, e elas pra mim são crianças. Então, naquela época, eu era do tamanho delas  e  já faz um bom tempo.
ROBLEDO – E Maria Eduarda? Trazê-la pra cá, o que você acha disso?
PAULA – Tenho medo dela fazer a bagunça que eu fiz. (risos)
ROBLEDO – Você ficaria com inveja se Maria Eduarda fizesse teatro aqui?
PAULA – Não. Mas ia chorar a beça!
ROBLEDO – Nós temos um projeto, eu já te falei isso, de encenar Na Própria Carne (primeira esquete vencedora da escola) em 2016. Dez anos depois da conquista do Leia Brasil queremos homenagear você e as outras cinco integrantes. Já pensou nisso?
PAULA – (pausa) Eu só consigo imaginar que a gente vai chorar muito!
ROBLEDO – Maria Eduarda vai estar com 6 anos. Já vai compreender o que está acontecendo. Te assusta?
PAULA – Bastante. Pensar que ela vai dizer: “Mamãe fez isso... e há dez anos” (risos) Passou muito tempo sem parecer. Mesmo tendo feito o ensino médio em outra escola - e já faz um tempo -  parece que eu tenho a mesma idade de quando estava aqui.
ROBLEDO - Eu estudei eu uma mesma escola sete anos e quando voltei lá parece que ouvia sons do tempo em que estudava lá. Você sentiu isso aqui?
PAULA – No cantinhos da paredes! Vem muitas imagens. Festas que a gente fazia, a despedida da gente da escola, porque formávamos uma turma que se gostava muito mas só se deu conta mesmo do que isso valia na hora da despedida. Pessoas que continuariam na escola chorando pela nossa saída... (suspirando) Tem bastante coisa.
ROBLEDO – Qual lembrança  mais forte que te faria chorar?
PAULA – O último dia. A nossa festa de despedida. Eu acho que foi o (pausa) foi o pior... ter que sair. Primeiro por que a gente “tava” num lugar há muito tempo e tinha medo do que seria dali pra frente. Por que qualquer que fosse nosso novo colégio, seria o pior do mundo. Mas não foi.(risos) Mesmo porque a gente sabia que, querendo ou não, não estudaríamos mais no Luciana. São regras da vida. E a saudade dos conhecidos! Saber que muita gente dali a gente não ia ver mais, (pausa) acho que foi isso.
ROBLEDO – Essa coluna se chama PRA SEMPRE LUCIANA e você é a primeira a participar dela. O que sente em ser a primeira? Como se sente?
PAULA – Tia! (risos) É isso! Meu Deus do céu!
ROBLEDO – É chato perceber que o tempo passou?
PAULA – É e não é. Foi muito bom, mas depois também vieram coisas muito boas.
ROBLEDO – Mas saber que começou aqui é importante?
PAULA – Bastante!
ROBLEDO - Você entrou aqui hoje e me viu dando aula pra turma de teatro.  Ficou com ciúme?
PAULA – (pausa) Não sei. Não sei por que acho que o jeito que começou conosco foi diferente. Hoje em dia  tem mais atividades, testes e na primeira vez com a gente não foi assim. Não havia tempo para testes, porque o concurso não nos deu muito tempo. Você chamou, chegamos e deu certo!
ROBLEDO – Você sabe que  é referencia na escola junto com outros alunos. E o que você diria aos novos que podem e vão fazer história aqui?
Paula – Fazer teatro, brincar, sem esquecer o principal que é estudar pra sair daqui bem. . Por que é bom, mas tem que passar e passar bem, deixando a marca no coração e aqui.


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